Investir nos cinco portos catarinenses é uma das
estratégias do governo do Estado para amenizar as perdas com a aprovação da
Resolução 72, que entra em vigor em janeiro, acabando com a guerra fiscal entre
os complexos portuários do país. Esta e outras alternativas serão debatidas
nesta segunda, dia 7, em encontro do governador com o secretariado, prefeitos e
empresários.
Um grupo de trabalho com todos os setores
envolvidos será estruturado para elaborar uma proposta de ação dentro de 30
dias.
— Vamos buscar um ponto de equilíbrio logístico,
operacional e fiscal — diz o governador Raimundo Colombo.
A ideia do governo é compensar as perdas tornando
os portos de SC mais atrativos com melhorias na infraestrutura, facilitando a
importação de matéria-prima para suprir as indústrias instaladas no Estado e
também a exportação. A prefeitura de Itajaí se antecipou e anunciou a
diminuição de 3% para 2% a cobrança do ISS, a partir de 2013, para o setor de
importação. A proposta é de que o corte seja copiado pelas outras quatro
cidades com portos — Navegantes, São Francisco do Sul, Imbituba e Itapoá
(inaugurado no ano passado).
Nos últimos anos, a importação pelos portos de SC
têm sido alavancada pela oferta de descontos no ICMS. Em 2004, foi criado o
primeiro programa de incentivos, o Compex, substituído pelo Pró-Emprego em
2007.
Agora, com a Resolução 72, serão unificadas as
alíquotas do ICMS em transações interestaduais de produtos importados para 4% a
partir de janeiro. Segundo cálculos do governo catarinense, a mudança pode
representar prejuízo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,7 bilhão na arrecadação do
Estado. A margem depende da abrangência da medida acrescentada no projeto, em
que produtos industrializados no Brasil que tenham mais de 40% em conteúdo
importado devem ser tratados como importados.
A proposta da reunião de hoje é alinhar discursos e
colher as sugestões e principais gargalos dos evolvidos em todas as etapas da
atividade portuária.
— Na medida do possível, pretendemos manter nossas
estratégias em sigilo para não passar as soluções a outros estados que têm
portos e já concorrem com SC — afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico
Sustentável, Paulo Bornhausen.
Fonte: Diário Catarinense
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