Comunidade Portuária de Itapoá.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Folga: um direito sagrado!



Folga: um direito sagrado!
Por: Virgilio Dantas

Principalmente quando a profissão exige muito do profissional, como é o caso dos Policiais Militares. Não é segredo para ninguém o desgaste emocional que passa um homem armado, se colocado em risco para salvar vidas e patrimônios de pessoas que nem conhece, resguardando, acima de tudo, a ordem pública para um convívio social adequado. Geralmente esse homem é um jovem comum extraído de um contexto onde tem as mesmas necessidades, os mesmos conflitos, os mesmos medos de qualquer outro jovem e, mediante um treinamento nem sempre totalmente adequado, portando um armamento nem sempre eficaz e à altura do que pode enfrentar pela frente, se torna o responsável pela segurança pública. Todos sabem o descaso do Estado com esses homens mal remunerados que precisam complementar sua renda, arriscando ainda mais a vida na segurança privada. Aí o problema cai no colo para os municípios resolverem suas questões de segurança, desdobrando-se para fornecer combustível, viaturas, criando as Guardas Municipais que acabam executando o papel da polícia indevidamente, mas necessariamente! Graças a esse abandono estadual, algumas prefeituras já estão custeando policiais em horário de folga para atuarem nas ruas e gerando segurança e mais renda aos valorosos homens. Agindo dessa maneira, livra a cara do Estado de dois grandes problemas: o aumento de efetivo altamente necessário e o aumento salarial dos policiais justamente merecidos! Suprimem o direito sagrado da folga e do convívio familiar depois do seu turno de trabalho. O policial não deveria precisar de remuneração extra e muito menos do trabalho desgastante que exercem em suas folgas, deveria e deve ser BEM REMUNERADOS, e colocados em número adequado para o policiamento. Estatísticas mostram que a categoria policial é a maior vítima do suicídio, que acaba desestabilizando muitas famílias e a sociedade como um todo. Apesar do dever constitucional ser do Estado, a segurança pública só não é pior graças aos municípios que se desdobram para melhorar a situação.

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